Crónica, crítica de discos e filmes, futebol e observação de jogadores e portfolio de trabalho pessoal 

Chegou a Milão em 2007, vindo a integrar a equipa de juniores do A.C. Milan, e logo despertou a curiosidade de olheiros internacionais ao tornar-se o melhor marcador da Champions Youth Cup, disputada na Malásia, com sete golos em seis encontros. Com o intuito de lhe permitir futebol de primeira equipa, o colosso italiano emprestou-o ao Dijon e realizou uma temporada interessante. Ainda assim, foi insuficiente para fixar-se nos quadros do Milan, seguindo-se novas cedências pouco auspiciosas ao Lille, ao Mónaco e ao Saint-Étienne. É no clube do centro-leste gaulês que acaba por encontrar poiso fixo, vinculando-se definitivamente aos Les Verts na temporada 11/12. Em duas épocas, 73 partidas e 35 golos/30 assistências depois, tornou-se uma das principais referências do campeonato francês e transferiu-se para o vice-campeão europeu no Verão de 2013.

 

É impossível falar de Aubameyang e não mencionar a sua principal característica: a velocidade. Contam-se históricas de registos em volta dos 11 segundos nos 100 metros! Mas Aubameyang não é apenas velocidade; é rasgo, é improviso, é profundidade, é qualidade técnica, é drible. É um extremo puro-sangue, da fina nata do futebol europeu actual. Tem faro pelo golo e os desequílibrios que cria nos corredores laterais fazem dele um criador de lances de perigo por excelência. Ninguém fez mais assistências do que ele em França na temporada 12/13 e isso é um dado extremamente relevante. O homem-aranha - num jogo da liga francesa, ao marcar um golo, exibiu uma máscara do super-herói da Marvel - vive uma segunda vida na alta roda da Europa, depois da extemporânea experiência milanesa, em que não soube equilibrar as suas conhecidas extravagâncias materiais e o desempenho desportivo. Está agora mais maduro, mais consistente e tem tudo para fazer uma grande temporada no Dortmund. Começou bem: um hat-trick em Augsburg, na primeira jornada da Bundesliga.