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O resto depende da arte de Silva, o arquitecto principal do jogo ofensivo, cada vez mais parecido, salvaguardadas as diferenças, com o seu compatriota Iniesta: futebol gourmet, simples e eficaz. Navas dá profundidade e Aguero, ontem "encostado" ao corredor esquerdo é um destabilizador nato, assim encontre o equilíbrio emocional que raramente teve no City.

 

Uma nota ainda para Dzeko. Mesmo com a chegada de Negredo, parte na frente para a posição 9. Ao vê-lo jogar ontem - mesmo não facturando - parece-me mais alegre, mais comprometido com o jogo, dando mostras de ter ultrapassado a fase menos venturosa da sua carreira - a pouca harmoniosa relação com Mancini - e de vontade de renascer. A ver vamos, se o tempo confirma estes sinais e se o bósnio mostrará em definitivo as sólidas credenciais que trouxe da Bundesliga.

Agosto 20, 2013

Na versão Pellegrini do City, há uma notória alteração identitária: a posse de bola é a ideia principal. Assente numa estrutura 1+2 no centro do meio-campo, onde a premissa fundamental é uma matriz de compensações que garanta sempre a cobertura da zona 6, é a dinâmica posicional e, sobretudo, a qualidade em posse que fazem a diferença. Nesse triângulo, Touré é, hoje, o elemento mais fixo, assumindo-se como o pivot que equilibra a equipa. A rigidez posicional a que é "obrigado", afasta-o dos centros de decisão ofensiva que tanto aprecia, mas torna-o um jogador nuclear na consistência defensiva do colectivo. E como Pellegrini não abdica da cobertura na posição 6, há sempre a compensação de qualquer subida de Touré em posse, normalmente operada por Fernandinho. Aliás, é precisamente o brasileiro o jogador mais elástico da equipa, no sentido da versatilidade do seu jogo, tanto em posse - em que se assume como um verdadeiro médio de segunda linha e constrói -, como na recuperação, no papel de interior.

Man City 4 - Newcastle 0

Silva (6'), Agüero (22'), Touré (50'), Nasri (75')

19 de Agosto de 2013 

1.ª jornada da Premier League

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