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F.C. Porto 3 - Vit. de Guimarães 0

Licá (5'), Jackson (17'), Lucho (45')

10 de Agosto de 2013 

Final da Supertaça Cândido de Oliveira

No primeiro jogo oficial pelo F.C. Porto, Paulo Fonseca não inventou. Manteve o grosso da estrutura do seu antecessor, com uma ligeira nuance táctica que acabou por mascarar o “tradicional” 4-3-3 da época transacta, num 4-2-3-1 que deixa Defour na primeira linha do meio-campo e Lucho menos obrigado a tarefas defensivas e livre para definir o jogo nos últimos 30 metros, próximo de Jackson e dos protagonistas dos corredores, os utilitários Varela e Licá. Do outro lado, um dispositivo semelhante mas a revelar fragilidades óbvias: Moreno menos dinâmico do que André e, ambos, sem “andamento” para o adversário e Crivellaro e Barrientos muito pouco comprometidos com o trabalho defensivo, com a agravante de o segundo – manifestamente sem características para jogar no corredor esquerdo – falhar recorrentemente a cobertura às subidas de Fucile, assim expondo Addy a situações comprometedoras de inferioridade numérica. 

De um lado, o dinamismo e fôlego da máquina portista, com os apoios de Defour à esquerda, o repentismo voluntarioso de Licá (mesmo sem ser um prodigioso tecnicista), a habitual disponibilidade de Varela e o talento de Lucho a aproveitarem repetidamente a lentidão de processos defensivos do Vitória, os posicionamentos deficientes de Addy (sobretudo este) e Paulo Correia, a abrirem brechas na linha defensiva, mormente no espaço entre laterais e centrais, e a descoordenação e desacertos entre os centrais (Paulo Oliveira e Josué) e entre estes e o guardião Douglas. O Vitória foi completamente inofensivo, sempre inconsequente e bastou um Porto de velocidade mediana para uma vitória tão fácil quanto se esperava.

 

Desempenho bastante razoável dos campeões nacionais na abertura da época, mesmo tendo em conta as debilidades de um adversário claramente de outra divisão. Licá marcou pontos na luta pelo lugar, Defour parte na frente para a vaga de Moutinho e Lucho é, agora, com plenos poderes tácticos, o verdadeiro El Comandante. Em tudo o resto, mais do mesmo; o que quer dizer, futebol de posse (70/30), bom dinamismo, elasticidade e criatividade.

 

O Vitória tem muito trabalho pela frente, essencialmente para colmatar os equívocos defensivos e alguns erros de casting táctico. Barrientos nunca será jogador de corredor e a Crivellaro parece faltar nervo. A equipa é muito macia e não chegaram o voluntarismo de Marco Matias e o esclarecimento de André André (o melhor do Vitória) para fazer frente ao Porto. 

 

Agosto 11, 2013

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